quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Laelia purpurata



Esta planta acaba de florescer pela primeira vez aqui em casa. É neta de uma que ornamentava a mesa de formatura do primo João Paulo em Niterói, e que foi presenteada a minha vó Elzira. Posteriormente, vovó presenteou minha mãe com uma filha dessa planta, e da planta da minha mãe, outra filha para mim em julho de 2015.

É uma espécie robusta e que se adaptou muito bem aqui em Vitória da Conquista, onde cultivo praticamente do mesmo jeito que as demais espécies: Em sombrite de 50%. Apelidada de “Rainha das Orquídeas Brasileiras”, suas pétalas e sépalas são brancas ou rosadas e labelo púrpura bem estriado e encrespado e bordas brancas. Muitos colecionadores afirmam que é uma das orquídeas brasileira que apresenta maior número de belas variedades.

Crescem no alto das copas das árvores, nas regiões do Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Inexplicavelmente, não ocorre no Paraná.
De médio a grande porte, se assemelha a Cattleya unifoliada. Os pseudobulbos altos dessa planta pode ultrapassar os 60cm. Suas flores se desenvolvem em uma bainha verde no novo crescimento, com 20 cm em um cacho de 12 a 15 cm de comprimento e contendo de 3 a 7 flores. Esta espécie tem a maior flor de todas as Laelias. Normalmente desabrocham em novembro e dezembro, muito vistosas, perfumadas e de longa duração.

blc. tainan gold 'canary'

Essa bela orquídea BLC, pelo que pude colher, é resultado de um longo processo de melhoramento dessa mistura feita por orquidófilos da Blc Toshie Aoki com Blc Waianae Princess. Tenho poucas informações sobre ela e sobre seu desenvolvimento e quando ganhei essa muda, não foi possível verificar o seu orquidário de origem.


Colhi algumas informações sobre seu desenvolvimento em orquidários orientais, e o nome "Tainan" seria uma referência à Taiwan. 
Entretanto suas referência etmológicas levam a termos bem brasileiros pois "canary" é a tradução inglesa de canário, o que justificaria o tom amarelo canário de suas sépalas e pétalas. 
Já a palavra Tainan é um nome próprio indígena brasileiro que pode ser usado em ambos os gêneros. Por coincidência, temos um sobrinho muitíssimo querido, filho de nossa irmã, Rosana Ladeia (igualmente amante das orquídeas) que se chama Tainan. Assim poderíamos sugerir alguma referência desta BLC com a cultura brasileira.


Possui o labelo e as pontas das sépalas e pétalas de cor vermelho escarlate, que contrasta vigorosamente com o amarelo canário. Libera um suave perfume e dura, em média, duas semanas.
Aqui em Niterói ela costuma florescer no verão, em meados de janeiro.




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terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Cattleya Hawaiian wedding song x Laelia Pulcherrima



Esse Híbrido foi produzido pelo orquidário Florália aqui de Niterói, onde vou com muita frequência, conhecer novas plantas. 
Pela tradicional competência e cuidado que eles tratam as plantas e as pessoas, ir à Florária é sempre um passeio muito agradável. 






Adquiri essa muda ainda bem pequena, com dois pseudobulbos apenas, e a coloquei inicialmente em um tronco seco de canjerana. Quando estava crescendo e adaptada o tronco caiu. numa tempestade de verão. 





Transferi a muda, presa ao galho original, para um grosso tronco de pau d'alho, onde ela se desenvolveu magnificamente. 
Floresce duas vezes ao ano, no inverno e no verão, sua principal floração, entre fins de dezembro e janeiro. 








Produz cachos generosos e bastante duráveis, mantendo as flores por mais de três semanas. 
Quase sempre dão mais de 5 flores por hastes florais, de enorme beleza e vivacidade. 



São bem resistentes e adoram ambientes com boa luminosidade e muita
umidade. 







As flores nascem com um tom lilás muito claro nas sépalas e pétalas, que vai aumentando sua intensidade com o passar dos dias. No entorno do labelo observamos uma borda mais escura, contrastando com um findo claro, tendendo ao marfim.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Maxillaria schunkeana (Orquídea negra)


Esta planta foi um presente do amigo Luciano Faísca em maio de 2014. De lá para cá ela só fez se multiplicar e florir.



É uma orquídea endêmica do estado do Espírito Santo, onde se desenvolve em habitats da Mata Atlântica, entre os 600 e os 700 metros de altitude. Aqui em Vitória da Conquista, na Bahia, se adaptou muito bem!



Espécie de fácil cultivo. Plantei em substrato bem drenado utilizando sempre os mesmos produtos: forrando o vaso de barro com brita, e o restante com de pedaços de xaxins “reciclados”, carvão e toquinhos de sansão do campo.



Floresce sempre no outono e verão e suas flores de 1,5cm de diâmetro duram em média 25 dias, cultivada sob tela sombrite de 60%.

Colmanara

Adquirida numa feira livre em Vitória da Conquista, proveniente do orquidário “Horto Nativo”.
A orquídea Colmanara é um dos frutos desse processo de melhoramento genético. Ela é um híbrido resultante do cruzamento entre orquídeas dos gêneros Miltonia, Odontoglossum e Oncidium.


A Colmanara apresenta um rico padrão de cores, geralmente mesclando amarelo, branco, vermelho e marrom. As hastes florais são longas, suas flores tem 5cm e podem durar até dois mês, e uma planta bem cuidada pode florescer várias vezes ao ano.
Devido à sua natureza híbrida, a Colmanara costuma ser uma orquídea de mais fácil cultivo em relação a seus ancestrais. Ela gosta de boa luminosidade, e a cultivo em sombrite de 60%. Epífita, mas se adaptam bem em vasos. 
Então, escolha um bem grande para acomodá-la (sugiro de barro), pois seus
pseudobulbos são potentes e ela solta os brotos muito rapidamente. Mesmo que as raízes 
não sejam profundas, o ideal é que ele tenha pelo menos 20 centímetros de profundidade e
de diâmetro, entre 40 a 50 centímetros.







quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Oncidium blanchetti



Planta rústica de fácil cultivo adapta a vários tipos de extratos. Herbácea de hábito epífita, rupícola ou até terrestre em ambientes arenosos, com altura em torno de 35 cm, de pseudobulbos curtos e ovalados e duas folhas estreitas e flexíveis por bulbo. Vive bem em meia sombra e gosta mais da umidade no ar, do que nas raízes. Aqui no orquidário com 50% de sombra, vegeta muitíssimo bem.



As flores amarelas pintalgadas de marrom são pequenas, de 1,5 cm x 2,0 cm, reunidas em cachos sobre haste de 90 cm, que surgem em outubro e duram cerca de 15 a 20 dias, conforme a temperatura da época.

Esta planta (mais um presente do amigo Luciano Faísca) é originária da nossa serra do Piripiri, numa altura aproximadamente de 1000 metros. Ocorre também na Chapada Diamantina.

Acianthera alligatorifera (pleurothallis alligatorifera)


Confesso que esta exótica micro orquídea, foi uma das mais difíceis de identificar.
Depois de muitas pesquisas cheguei a conclusão que se trata da Acianthera alligatorifera.





Herdei esta planta de minha irmã Rosana, que não se lembrava de onde teria chegado. Como ocorre na mata atlântica do sul e sudeste brasileiro, creio que deve ser mais uma que veio de Varre-Sai no estado do Rio de Janeiro, porém, não posso afirmar.
Epífita e eventualmente rupícola, foi transferida para o gênero Acianthera em 2001.
Suas folhas são coriáceas e sua inflorescência longa e ereta, que brota da base das folhas, podendo chegar a 35cm com mais de 10 flores de 1cm de diâmetro bem espaçadas entre si e voltadas para um só lado.

Aqui em Vitória da Conquista, floresce entre a primavera e o verão, embora haja relatos que no sul e sudeste do país isto ocorre no inverno e começo da primavera. Existem algumas variedades de cores das flores, que vão do marrom escuro ao bem claro, incluindo também exemplares com flores totalmente amarelas.


segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Miltonia regnellii


Ganhei esse presente no Natal de 2015, ofertado pela Alzira. Pessoa simples, sensível e de muito bom gosto que mora em um sítio vizinho ao nosso em Varre-Sai/ RJ, onde cultiva muitas plantas, dentre elas algumas orquídeas. Essa muda ela retirou de uma planta que cultiva numa árvore no quintal de sua casa.
Trouxe para Vitória da Conquista ainda com uma belíssima flor perfumada, sequer sentiu a mudança.

As Miltonias regnellii são orquídeas de fácil cultivo em vasos ou em arvores, formando grandes touceiras com floração abundante. As inflorescências possuem normalmente de 4 a 5 flores perfumadas, com 4,5 cm de diâmetro, apresentando as pétalas e sépalas com intensidade de cor que varia muito desde o branco (alba), aos tons de amarelo, assim como o labelo numa cor que varia de rosa a púrpura. É originária do sudoeste brasileiro, incluindo todos os Estados do sul, portanto aceita bem o clima temperado. Em algumas regiões é denominada popularmente de "flor-da-páscoa", considerando que a máxima floração ocorre nesta época, embora a minha já esteja desabrochada em dezembro.

A Miltonia regnellii cresce em condições intermediárias com luz moderada durante o verão e alta luminosidade durante o inverno. Aqui, plantei em um pedaço antigo de xaxim no mesmo ambiente de todas minhas outras variedades de orquídeas, onde o sombrite é de 60%.