quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Cattleya de Verão

Esta orquídea foi mais um presente do meu irmão Roberto e faz parte do grupo que chamamos de “Cattleyas de Verão. São plantas originadas de cruzamentos da Cattleya labiata com Cattleyas hibridas que por algum motivo chegaram a nossas mãos sem identificação.
Aqui na Bahia, como as labiatas, as Cattleyas de verão costumam desabrochar a partir de janeiro até o início do outono, além das belas flores, somos premiados com seu magnífico e característico perfume.
Por guardar um gem forte das labiatas, procuro conduzi-las da mesma forma: Em local úmido, sempre protegidos do sol intenso com um sombrite de 70%.

A inflorescência é composta de 3 a 5 flores com 20 a 25 centímetros de diâmetro, sempre muito bem dispostas e duram de 30 a 45 dias.
Visitante ilustre do orquidário - Gralha Cancã.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Miltassia Shelob Tolkien


Essa bela miltássia possui hastes florais longas, com muitas flores ao longo das mesmas, e é resultado do cruzamento da Miltassia Olmeca e Brassia Edvah Loo. 
Floresce pelo menos duas vezes ao ano aqui em Pendotiba. Apesar dos cultivadores afirmarem que ela precisa de longos meses de baixa temperatura, aqui ela suportou muito bem os longos meses de calor do verão carioca. 
O nosso exemplar original foi comprado pela Márcia há cerca de três anos e se mostra completamente adaptado aqui.

Essa floração abaixo é de janeiro de 2016. Mostra-se muito bem adaptada às nossas condições climáticas niteroienses.




Miltonia Clowesii

Essa é uma das mais belas miltônias, na minha opinião. Delicada, sensível, e com uma flor que chama a atenção pela beleza de suas pétalas. Aqui em Pendotiba elas florescem sempre entre o final de maio e início de junho. Cultivo minhas mudas em árvores, em local bem sombreado, mas com boa quantidade de luz indireta. Como uma habitante da mata atlântica, gosta de umidade e calor.



quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Dedrobium agregatum



Essa bela e singela orquídea floresce aqui em Niterói em setembro e dura cerca de 3 semanas.
chama a atenção pela beleza e pela resistência. gosta de ambiente com bastante luz, sendo parte dela, luz direta.


terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Beallara tahoma glacier (Cambria)

Comprei esta planta muito jovem ainda (tamanho 2), em uma daquelas feiras de outubro  e acabei perdendo a sua identificação. O fato é que só depois que ela floresceu, com muita dificuldade, consegui identificá-la. Esta Bellara é também conhecida comercialmente como “Cambria”. Que não é um gênero, mas sim o nome popular da orquídea híbrida resultante do cruzamento entre  Brassia, Miltonia, Oncidium, Cochlioda e Odontoglossum. Beallara é uma orquídea resistente e de certa forma rústica, sem cuidados maiores. Ela já floresceu no segundo ano comigo, suas flores tem em média 9 cm de tamanho em hastes com cerca de 5 a 8 unidades, duas vezes por ano: janeiro e julho, e duram quase dois meses.


Atualizando a postagem, feita pelo Dedé, em uma muda em seu antigo orquidário em Vitória da Conquista, mando minhas observações daqui de Niterói. Ganhei essa Beallara Tahoma dos amigos Ana Luísa e Amilcar no verão do ano passado. Nos ensaios do Boca Que Usa, elas estavam floridas na sala de ensaio e duraram vários dias.

Coloquei a muda em um tronco antigo de brauna morta, na sombra de um grande pau d'alho. Tem muita luz indireta e o clima aqui é de mata atlântica, com muita umidade.
Nesse ambiente ela suporta bem o calor carioca. Não costumo regar todos os dias e sei que suas raízes não gostam de muita umidade. Por isso, prefere os troncos mais secos e bem drenados.

Por enquanto, só floresceu no mês de fevereiro, na mesma época que estava florida na casa de Ana e Amilcar.
Vamos aguardar o inverno...

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Lophiaris pumila


Esta micro-orquídea foi um presente de minha irmã, Rosana. Apesar de minúscula, tem uma floração abundante, formando cachos de aproximadamente 15 cm na cor amarelo ouro dando um charme especial para essa espécie. 
Ocorre praticamente em todo o país, é uma espécie epífita e pode ser encontrada desde as regiões altas até o litoral. Aqui em Vit. da Conquista a plantei em um tronco de cafeeiro e cuido dela numa tela sombrite de 50%. Sempre floresce na primavera e suas flores duram até mais de 60 dias.






OBS. Um ano após essa postagem feita em Conquista pelo Dedé, estou postando uma aqui do quintal, em Niterói, bem antiga, que me foi presenteada, há mais de 15 anos por um morador da vizinhança. aí vão as fotos dessa florada que iniciou no final de setembro e abriu plenamente nesse meio de outubro (2015).


Dica importante: Tive uma experiência nada agradável com troncos de cafeeiro. Apesar das orquídeas aceitá-los bem, alguns infelizmente trouxeram doenças e perdi algumas plantas, principalmente os oncidiuns. Portanto, quem optar por utiliza-lo como extratos para vasos verifiquem a origem, pois podem vir contaminados por algum vírus ou fungo. Esses percalços nos fazem aprender, e hoje tenho tido excelentes resultados com troncos e galhos de sansão do campo cortados para o substrato que substitui a casca de pinos e o xaxim.

Rodriguezia venusta

Botões florais
Conhecida como "orquídea do café", esta planta foi um presente da minha mãe Cidinha. Segundo ela quando ela era jovem, era muito comum nos cafezais de Varre-Sai no noroeste  fluminense  (por isso este nome popular). Para a nossa sorte, a minha mãe conseguiu um exemplar da planta que está quase extinta na região, por meio de uma troca com um colecionador que tem fazenda próximo ao nosso sítio em Varre-Sai. A troca desta muda foi por uma Cattleya que o rapaz não tinha. 





Aqui em Vitória da Conquista ela já floriu logo no primeiro ano “de casa nova” em dezembro de 2014, repetindo esta floração em dezembro de 2015. Apresenta uma haste arqueada com flores brancas de 4cm e duas quilhas douradas no labelo. Exala um delicioso perfume e  dura aproximadamente 30 dias.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

zygostates lunata



Essa micro orquídea foi recolhida por acaso, durante uma caminhada numa pequena área de mata atlântica em Varre-sai. Estávamos com nosso saudoso tio Paulo Fabri, quando encontramos uma pequena muda grudada num galho seco e caindo de um arbusto.

 Levamos para a casa de minha mãe, na Figueira branca, próximo ao local de recolhimento e a colocamos numa árvore.

 Lá ela se multiplicou e distribuiu diversas mudas como essa, que floresce todo o ano aqui em Niterói, no mês de novembro. As flores duram mais de 30 dias.  Estou postando as fotos de 2013 e de 2014.

Essa é a floração de 2015, bombando!!

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Catasetum ochraceum

A química do perfume... Estava numa pescaria no rio das Pedras em Una, sul da Bahia. Este rio corta a mata Atlântica ainda preservada. E em uma árvore caída encontravam-se vários exemplares desta Catasetum, onde coletei uma planta. O mais legal foi constatar quando ela floriu aqui em Vit. da Conquista, no mês de maio, as visitas destas abelhas maravilhosas atraídas pelo seu perfume. Sua floração dura em torno de 10 dias, mas o perfume com a presença destas abelhas dão todo um charme.

Catasetum macrocarpum




Estava passeando com a família na Chapada Diamantina, numa estrada de chão batido do sertão baiano a caminho da Gruta da Pratinha, município de Iraquara, quando me deparei com várias plantas destas em coqueiros "licurís". Esta orquídea floresce perfeitamente bem em meados de abril. Suas flores exóticas duram no máximo 15 dias e exalam um perfume bem selvagem.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Brassia arachnoidea

Essa Brassia chegou em minhas mãos quase morta! Como se diz aqui na Bahia,"só o bocal". Seu Nilson (meu sogro) a trouxe após ganhar de uma pessoa com o objetivo de tentar ressuscitá-la. Hoje, ela está recuperadíssima e este ano abusou. Foram 8 hastes repletas de belas flores com 10 cm de diâmetro. Isso acontece sempre entre os meses de novembro e dezembro.

Laelia tenebrosa

Laelia divina, se assim fosse possível definir pela primeira vez o nome dessa orquídea, trocaria imediatamente de adjetivo! Para mim essa é uma das rainhas da beleza do reino vegetal. Flores delicadas, divinas, deusas aprisionadas em imagens de flores!! 

Encontrada na natureza, outrora em abundância, nas serras e maciços da tríplice fronteira entre Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais, no entorno da Serra do Caparaó, as Laelias tenebrosas hoje são raríssimas em seu habitat natural.


Esta aí é especial por ser endêmica na nossa terra natal (Varre-Sai/RJ). Adquirimos estas mudas em dezembro de 2011 no orquidário do Nem, em Varre-Sai. Em dezembro de 2013  ela floriu pela primeira vez em Niterói e em dezembro de 2014 em Vit. da Conquista! 


Estas mudas tem uma história trágica e curiosa. Suas matrizes foram recolhidas pelo Nem, amante e cultivador de orquídeas, na represa construída entre os municípios de Varre-sai e Bom Jesus, em uma área de alagamento. 
Nessa região foram salvas por ele diversos exemplares condenados ao desaparecimento. Muita diversidade genética tem sido perdida pela negligência de nossos governantes. Essa é só mais uma ... sonho em reintroduzi-las nas matas de nossa pequena reserva de Mata Atlantica na Figueira Branca, dos nossos pais, e no Sítio três Matas de nosso tio Jonas, que já vem fazendo um exemplar programa de preservação e reflorestamento por lá.


As flores possuem sépalas e pétalas com tons de cobre e bronze e com o labelo de cor purpúrea em seu interior, que vai clareando em suaves degradês em direção à periferia. Cada haste floral dá, em média, três belas flores.

Inicia sua floração no fim da primavera. Aqui em Niterói as flores abrem no início de Dezembro e em Conquista, um pouco antes. Dedé já observou que nossas espécies comuns tem uma defasagem de cerca de uma a duas semanas nas florações. Suas flores exalam um perfume suave e duraram cerca de 30 dias.

Miltônia moreliana

Esta belezura foi presente de meu irmão Roberto. O interessante é que ela floresce duas vezes ao ano, sempre com esta fartura de flores. Cíntia (minha esposa e grande incentivadora), nesta foto, parece até uma abre alas de desfile da primavera. Rs!

Cattleya amethystoglossa

Uma das minhas preferidas. Coletei esta planta numa pescaria em novembro de 2005, na represa do Rio Jequitinhonha, que divide os estados de MG e BA. Estava solitária em uma árvore morta por conta do alagamento da barragem, tomando o maior sol. Demorou um pouco para se adaptar, mas hoje vegeta espetacularmente bem em um sombrite de 50% e sempre na primavera nos dá o ar da graça. Suas flores chegam a 15 cm de diâmetro e são perfeitamente pintalgadas, dando-lhe um charme todo especial. Duram em torno de 20 dias.

Cattleya elongata

Esta primeira Cattleya (a mais escura) foi coletada em Piatã, na Chapada Diamantina-BA. Piatã é a cidade mais alta do Nordeste. Tem uma vegetação de serrado que durante o dia recebe o sol forte do sertão baiano e durante a noite, a temperatura cai drasticamente fazendo muito frio, tornando esta planta uma verdadeira sertaneja: forte e rústica. Aqui, em Vitória da Conquista, está indo super bem adaptada e floresce todos os anos entre fevereiro e março, com duas a três de flores  por espatas em torno de 8 centímetros de diâmetro e dura cerca de 45 dias.

Esta outra elongata, foi um presente de Dona Lúcia, comprada em uma floricultura, não sabemos sua procedência, com uma cor mais clara tanto nas sépalas como nas pétalas, apenas o labelo tem a mesma tonalidade e exala o mesmo delicioso perfume e floresce no mesmo período da primeira.

Cattleya leopoldii ou C. tigrina







































Cattleya leopoldi ou  Cattleya tigrina. Recebeu esse nome em homenagem ao rei Leopoldo da Belgica em 1854, o qual era um apaixonado admirador de orquídeas.


No Brasil a Cattleya leopoldi é encontrada no litoral vegetando em restingas, e na mata atlântica desde o Rio Grande do Sul (com maior concentração em Santa Catarina) até o sul da Bahia. Planta com pseudobulbos de até 1 metro que produzem hastes portando até 30 flores. São plantas bifoliadas, às vezes apresentam 3 folhas no mesmo pseudobulbo, com 15 a 20 cm de comprimento e largas.




Esta planta da foto, foi coletada no município de Buerarema, sul da Bahia. Floresce em outubro e dura cerca de 30 dias. Destaca-se pelo seu perfume, e, claro, por sua beleza singular. Adaptou-se super bem aqui em Vitória da Conquista, numa altitude de 950m em uma região de transição entre mata atlântica e caatinga.


Cacho com botões florais começando a desabrochar