quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Rodriguezia lanceolata


Essa é uma espécie não muito frequente nos orquidários, mas bem conhecida dos amantes das micro-orquídeas.

Possui, como boas parte das Rodriguezias, folhas pequenas de cerca de 10 cm e raízes exuberantes; muitas delas são aéreas e não se fixam nos suportes. 


Como sua prima obtusifolia, muitas raízes ficam soltas e esvoaçantes ao vento.
 Possui uma haste floral com várias flores de aproximadamente 1 centímetro e cor rosa vivo. 




São originárias da América latina e caribenha, nas florestas úmidas tropicais. No Brasil são muito frequentes nas regiões Norte e Centro-Oeste.


 Aqui em Niterói, nas regiões mais altas, como Pendotiba, se adaptam muito bem e florescem em meados da primavera. 
Gostam de calor e umidade, mas não de sol direto.





quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Cattleya forbesii


Considero essa uma das mais charmosas e "sensuais" cattleyas brasileiras. Quer por sua tonalidade clara peculiar em tons brancos do labelo, sépalas e pétalas de igual cor notadamente de tons palha, verdes claros, marrons claros e marfins, quer pela sua característica borda labelar serrilhada como uma renda, ou por sua delicada harmonia entre suas sépalas, pétalas e labelos. 



Acho a Cattleya forbesii uma orquídea misteriosa, quando menos se espera, lá está ela, aberta, elegante e sensual, de leve perfume, exibindo em seus labelos serrilhados as rendas ocultas de uma peça íntima, cuidadosamente guardada para aquela ocasião. 




Creio que sua proximidade natural com o ambiente do mar a faz mais sensual. Como nossos ancestrais pré-colombianos, tem preferência pelos ventos úmidos das florestas tropicais que circundam a serra do mar. 





Com uma estrutura bifoliar caracterizada por folhas elípticas, possui pseudobulbos afilados e produz, em média, de duas a cinco flores por hastes florais. A considero resistente e de fácil cultivo, desde que em ambientes úmidos e, preferencialmente próximo a matas e ao mar.



Tenho várias aqui no quintal, algumas cultivadas em suas árvores de origem.
Floresce, aqui em Pendotiba, na primavera (geralmente em outubro) e no início do verão.

Rodriguezia Obtusifolia

Essa singela e surpreendente orquídea é um raro exemplar encontrado na Mata Atlântica e em algumas regiões de caatinga, tem uma beleza única em suas flores marcadas por uma anatomia característica.










Possui flores brancas contendo em seu interior uma mácula amarela, conectadas na parte final da haste, e que exalam um discreto e agradável perfume. Tem como característica produzir raízes aéreas cuja maioria não adere diretamente ao tronco. 


Seu pseudobulbo é bem estreito e surge após o prolongamento dos rizomas formando uma espécie de broto, de onde surgem novos pseudobulbos a cada 15 ou 20 centímetros e crescem verticalmente na árvore hospedeira. 




As flores se prendem a hastes florais de cerca de 40 centímetros contendo em média cinco flores. Estas possuem sépalas e pétalas brancas a rosadas, lanceoladas, com  ápice agudo; labelo igualmente branco de cerca de 3 centímetros, sem calosidade, sem fímbrias e com lobos laterais indiferenciados e uma característica e charmosa mancha amarela em seu interior.


Fui premiado com diversas mudas nativas que já viviam aqui no quintal, em uma pequena área de Mata Atlântica que preservamos integralmente quando construímos nossa pequena casa. Vive saudavelmente em uma grumixameira nativa. 


 Dela recolhi alguns brotos, que reintroduzi em algumas árvores do quintal e da reserva. Fiz de um pé de manacá um "berçário" de onde tiro algumas mudas e dou para amigos orquidófilos como essa aí da foto, que dei para o Dedé, há uns dois anos, e que floresce vigorosa nas terras conquistenses. 

domingo, 4 de outubro de 2015

Cattleya Labiata Rubra






Apesar de sua popularidade e facilidade de acesso a mudas e às muitas espécies e subespécies de labiatas, essa permanece, para mim, como uma das orquídeas mais belas e paradigmáticas do Brasil. 


A labiata rubra, com sua robustez visual e seu perfume inconfundível, já se tornou presença obrigatória nos muitos jardins e orquidários brasileiros, notadamente nos jardins e fazendas do interior. 








Encontrada originalmente em diversos estados do nordeste, daí o codinome "rainha do sertão", é relativamente resistente a variações de temperatura, fato que facilita o seu cultivo.
 


Apesar de abrir flores no verão/outono, na maioria dos relatos, aqui em Niterói  ela costuma florescer regularmente no início da primavera, com cachos vigorosos e perfumados. 



As minhas, aqui, são cultivadas nos troncos de quaresmeiras, mangueiras e palmeiras, mas adaptam-se muito bem em vasos apropriados (com boa drenagem, para evitar apodrecimento das raízes por excesso de água) e em troncos e xaxins.



Esse cacho, da foto, contém sete flores e abriu ontem. Já exala seu perfume característico. As flores duram, em média, de duas a 3 semanas, de pura beleza. 

Não dá para esquecer também de sua performance maravilhosa nos cabelos de Elis Regina, lá pelo fim dos anos 70, iluminando a cena da Elis cantando "O bêbado e o equilibrista". 



Ali flor e mús(a)ica se complementavam num corpo único de natureza e arte. 
Por isso, chamamos ela aqui, carinhosamente, de Elis Regina. "olha, abriu uma Elis Regina!!"

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

papilionanthe teres



Do mesmo modo que sua homônima da espécie Papilionanthe Teres Alba, já postada 
anteriormente, é originária da Asia tropical, comum em países como Índia, Cingapura, Nepal, Vietnã, China, etc. São erroneamente conhecidas como Vanda Teres, apesar de não pertencerem ao gênero Vanda.







Como já descrita no nosso blog, é uma orquídea resistente, de fácil cultivo, e gosta de ambientes com muita luz e calor. 












Com variedade de tons que vão do rosa claro a lilás, sua visão superior das sépalas lembram uma borboleta alçando voo, daí seu nome (Papilionanthe )









Possuem folhas arredondadas, das quais, na sua extremidade, emergem as hastes florais.

 Ao contrário de sua espécie Alba, floresce aqui no início da primavera e são igualmente bastante duráveis. Quando plantadas em árvores com muitas folhas, crescem em direção à copa em busca de luz. 

Brassavola tuberculata









Essa orquídea, natural das regiões tropicais americanas, é largamente encontrada no Brasil, distribuídas por diversos estados e possui várias subespécies.







Caracteristicamente possuem uma folha arredondada que lembra uma cebolinha, por isto o apelido de "brassavola cebolleta". 














A espécie aqui representada é a  Brassavola tuberculata, que como as demais espécies, possui pétalas e sépalas semelhantes, em formato de estrela e um grande labelo branco, arredondado, com a parte interna amarelada. 







Muito assemelhada a outras espécies de brassávolas, possui caracteristicamente folhas pendentes. É uma orquídea de fácil cultivo, bem resistente, e raramente é assolada por pragas. 








Gosta de bastante luminosidade, muita umidade relativa do ar e floresce no início da primavera. À noite exala um perfume característico e muito agradável.