terça-feira, 8 de março de 2016

Epidendrum paniculatum



Outra planta herdade da minha irmã, Zana. Mas desta ela não lembra a origem.


Orquídea robusta, epífita, ás vezes também cresce como fortes arbustos no chão, que chegam até a um metro de altura com longas e cilíndricas hastes com forte folhas lanceoladas, desabrocham em cachos com mais de 30 flores perfumadas de aproximadamente 2cm que duram por um longo período de tempo. As pétalas e sépalas são verde claras, o labelo tem variações na cor do branco puro ao branco esverdeado com roxo, rosa o centro é lilás. Aqui em Vitória da Conquista, floresce sempre entre fevereiro e março.


Ocorre na Costa Rica, Belize, Panamá, Suriname, Venezuela, Guiana Francesa, Colômbia, Brasil, Peru e Argentina, onde ela cresce em florestas tropicais úmidas em altitudes que chegam a 2.000 metros. 


Seu cultivo é simples, você pode planta-la tanto em vasos de barro ou em troncos madeira. O substrato é comum para orquídeas epífitas, plantei como base no que tenho propagado aqui no nosso blog (brita, carvão, isopor e toquinhos de sansão do campo). 


Ele gosta de um lugar com alta umidade, temperaturas quentes e intermediárias, rega abundante durante períodos de crescimento, com um ligeiro descanso após as adubações.



quinta-feira, 3 de março de 2016

Dicas de Substrato

A finalidade do substrato é servir de apoio para a planta, de maneira que suas raízes se agarrem e permaneçam firmes (mas sem compactação), permitindo retenção de umidade, circulação de ar e uma boa drenagem.
Depois de bater a cabeça tentando conseguir um substrato mais durável e que as orquídeas gostassem, cheguei a uma mistura simples, fácil de encontrar e barata que acho que devo compartilhar.

Mas, antes devo citar uns produtos que são largamente publicitados para orquídeas e NÃO aconselho a ninguém utiliza-los:
Fibra prensada, chips e casca de coco. Isso aí só me trouxe prejuízo! Não sei quem inventou. Provavelmente a indústria que se sentiu prejudicada com a proibição do xaxim. Definitivamente, orquídeas não se adaptam a isso. Além de ter alguma coisa nelas que inibe a vegetação das raízes, encharcam facilmente afogando as plantas, ESQUEÇAM ISSO!

Mas vamos ao que interessa. São quatro elementos simples:
Brita, Carvão Vegetal, Isopor e Toquinhos de Sansão do Campo.

PEDRAS DE BRITA
Aquela mesma usada em construções. São facilmente encontradas e ajudam no enraizamento das plantas e drenagem dos vasos. Costumo utiliza-las mais no fundo.
Pedra de Brita
CARVÃO VEGETAL 
Carvão comum, para churrasqueiras, mas que sempre deve ser novo, pois os que já foram usados prejudicam a planta. Também encontrado facilmente em qualquer supermercado, açougues e afins.
Carvão Vegetal

ISOPOR 
Relutei muito no início, não conseguia entender como um produto totalmente artificial pudesse ser benéfico para a orquídea. Porém me rendi a ele, além de facilitar a drenagem das raízes, ajuda muito na fixação do tutor onde serão amarradas as mudas. Ainda é claro, de estar contribuindo para a destinação deste produto (embora não ser tóxico), já que leva cerca de 150 anos para se degradar.  E é muito fácil de encontra-lo e manuseá-lo. Deve-se dar preferência ao isopor utilizado em embalagens, principalmente as de eletroeletrônicos, pois é mais compactado, característica esta que também contribui para afastar pragas. E claro, de graça!
Isopor

SANSÃO DO CAMPO 
É um substrato que mantém umidade por um período de tempo um pouco maior.

Trata-se de galhos da árvore picados em tamanhos que variam de 5 a 10cm. Após tentativas com outras madeiras, acabei descobrindo que o sansão do campo é muito bem aceito pelas orquídeas, e duram em média dois anos. Dificilmente ele vem contaminado com fungos ou bactérias, (comuns em outras madeiras, principalmente aquelas plantadas em escala comercial, como o cafeeiro, e outras frutíferas). 
Sansão do Campo

quarta-feira, 2 de março de 2016

Cattleya chocolate drop



Esta planta foi adiquirida em 2011 na Florária em Niterói ainda mudinha, é resultado de um cruzamento da Cattleya guttata, espécie brasileira, com a Cattleya aurantiaca, que ocorre desde o México até a Nicarágua. 
O colorido das suas flores variam do marrom-chocolate ao marrom-avermelhado.
O numero de flores por haste podem ser maior que 10, de longa duração, quando bem cuidada. 
O tamanho da flor é bem variável, mas tem em geral, 6, 5 cm de diâmetro.
A floração acontece em qualquer época do ano. Aqui em Vitória da Conquista floresceu pela primeira vez exatamente no dia 29 de fevereiro de 2016 (ano bissexto, espero que ela não volte a florir só daqui a 4 anos rsrs).

Híbrido de fácil cultivo, mas garanta uma boa drenagem, ela seca rapidamente. Aqui sigo o que tem me dado melhor resultado em relação a substratos: Brita, carvão vegetal (sem ter sido usado na churrasqueira) e toquinhos de sansão do campo, e agora também pedacinhos de isopor (facilita firmar o tutor para sustentar a muda).
No inverno, diminua a regra. É indispensável uma boa ventilação e deve receber o máximo possível de luz sem queimar as suas folhas. Ou seja, quase igual a todas outras espécies de orquídeas.

O colorido brilhante deste híbrido é herdado da Cattleya aurantiaca cuja a cor é dominante quando cruzada e me faz lembrar da Cattleya elongata da Chapada Diamantina.