quinta-feira, 8 de junho de 2023

Rhyncholaeliocattleya Ports of Paradise

 É uma orquídea de flores grandes e imponentes que florescem por aqui no finalzinho do outono. Possui uma cor inconfundível de verde limão e exala, igualmente, um cheiro característico de limão. 


Possui flores grandes e bem pesadas na haste floral, que em estado natural fazem a haste pender. Para sua plena exibição, precisam ser sustentada por um suporte. Tem labelos de borda serrilhada e sua coluna, pétalas e sépalas, bem como os labelos, possuem o mesmo tom verde limão. Aqui dão sempre duas flores por haste floral.

Se trata de um cruzamento da Rlc.  Digbyana com a Rlc. Fortune. Como se trata do cruzamento de duas espécies características da América tropical, gosta de ambiente com boa umidade e sem variações muito baixas de temperatura. 



Tem pseudobulbos e folhas alongados e não exige grandes cuidados. É de fácil adaptação e em troncos de árvores ela cresce rápido e se expande em touceira.

Suas flores são bem resistentes e duram cerca de duas semanas.



quarta-feira, 12 de outubro de 2022

Bulbophyllum Falcatum

 Confesso que tenho um fascínio pelas orquídeas do gênero Bulbophyllum. São exóticas, desconcertantes, surpreendentes! Algumas se adaptaram muito bem aqui em Pendotiba como o B. Saltatorium e o B. Longissimum, dos quais já distribuí várias mudas.

Pela primeira vez o meu antigo exemplar, adquirido em uma feira de orquídeas, floresceu, nesse começo de primavera. Só se sentiu pleno para crescer bastante suas folhas e soltar suas primeiras hastes florais quando o transferi de um vaso de orquídeas tradicional, para um tronco, em ambiente claro, com luz indireta e úmido.

Sendo uma orquídea originária da região de florestas tropicais africanas, busquei aqui um ambiente de ar mais úmido e com árvores no seu entorno. Só floresceu a partir dessa mudança.

Suas hastes florais possuem cerca de 10 centímetros e lembram uma vagem de ervilha. De cada lado da haste encontramos uma sequência horizontal de cerca de 8 pequenas flores com labelos bem maiores, móveis e de cor amarela viva na parte externa. A parte mais interna é branca. Em sua base, as pétalas e sépalas são bem menores, com a parte interna esbranquiçada e a parte externa possui tom vinho ou lilás.

O termo Falcatum decorre do formato falciforme de suas folhas, que medem cerca de 15 centímetros. As flores duram cerca de 15 dias.


domingo, 28 de novembro de 2021

Miltonia Sandy's Cove

 Essa orquídea de tom amarelo ouro é um híbrido decorrente do cruzamento de uma Miltonia Matto Grosso (Milt. Minas Gerais X Milt. May Moir) com uma Miltonia castanea (híbrido natural de Milt. Clowesii X Milt. Regnellii). Suas pétalas e sépalas possuem coloração amarela intensa, mas as sépalas contém leves manchas mais escurecidas, que geralmente não estão presentes nas pétalas, de aparência lisa.

Seu labelo tem bordas rosáceas com manchas amareladas no centro e miolo branco ou palha.

Cada haste floral possuí cerca de cinco flores de tamanho médio. Elas costumam durar, em em média, três semanas, tornando-se mais opacas na última semana. Florescem, por aqui, em meados de novembro, já no final da primavera. Preferem bastante luz indireta e ambientes de boa umidade. São bem resistentes e se adaptaram bem ao calor úmido das montanhas arborizadas que cercam Niterói. Gostam, portanto, do bioma Mata Atlântica mas devemos evitar que ela fique exposta à luz solar direta no meio do dia.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Cattleya Leopoldii (tigrina) "café com leite x lisa"

 


Esse exemplar de cattleya foi produzido pelo orquidário Florália, de Niterói, onde adquiri essa muda quando ela estava bem jovem. Rolf Altenburg, fundador do referido orquidário, foi um dos pioneiros no cruzamento e divulgação das cattleyas Leopoldii na década de 60, e seu orquidário possuí diversas variedades de espécies e de híbridos. 



Esse cruzamento apresenta fortes características da variedade "Leopoldii lisa", que possuí esse nome por não apresentar o aspecto "tigrado" em suas pétalas, por isso também é referida como "Leopoldii imaculata". 

Suas flores tem cerca da 9 centímetros e Exalam um perfume suave que pode ser percebido a algumas dezenas de metros. Uma haste floral possuí diversas flores (essa floração deu cinco flores numa única haste floral), que se desprende de um longo pseudobulbo de cerca de 40 centímetros. 



Suas sépalas e pétalas possuem o centro levemente esverdeado e mudam progressivamente de tom até Adquirir uma cor escarlate em suas bordas. O labelo de cerca de 8 centímetros, tem cor lilás e borda superior branca.

As cattleyas Leopoldii são originárias da borda litorânea do sudeste e sul do Brasil. Habita na natureza florestas úmidas da mata Atlântica. Por isso, preferem ambientes com mais sombra. Suas raízes necessitam de se manterem secas, assim, proliferam bem nos troncos. No caso do uso de vasos, é necessário uma rega controlada e uma boa drenagem no substrato.



Aqui em Niterói, ela florescem no início de dezembro. Suas flores apresentam durabilidade de cerca de duas semanas.


segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Cattleya Porphyroglossa

 


Essa é também uma espécie de cattleya genuinamente brasileira, encontrada no bioma Mata Atlântica dos estados da região sudeste como Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais.

Ocorria frequentemente em bordas de lagos, rios, brejos e córregos. Por isso, no Estado do Rio, costuma compartilhar os mesmos sítios da Cattleya Harrisoniana e da Cattleya Forbesii, com as quais tem alguma semelhança morfológica. Por essa característica de seu habitat, se adapta melhor em ambientes úmidos com bastante luz indireta. Hoje, pela as sua retirada predatória, é rara em seu meio natural. 


De natureza epífita, desenvolve muito bem em árvores de quintal. Se adapta melhor a elas do que em vasos e xaxins. Entretanto, seu cultivo não é impossível. Nesse caso, devemos ter cuidado com o excesso de umidade nas raízes e borrofar vapor de água nas folhas em dias e ambientes quentes. 


É uma orquídea de porte pequeno, com flores em torno de 4 centímetros, que abrem na metade da primavera, entre os meses de outubro e novembro. Exalam um perfume cítrico muito apreciado por abelhas silvestres brasileiras. Possuem sépalas e pétalas de coloração castanho-amarelado, algo ferruginosa, com colunas dorsais de cor  clara. O labelo é comprido e afilado, de coloração pupúrea ou lilás, contendo ranhuras castanho-mareladas semelhantes às cores das sépalas e pétalas.

As minhas costumam abrir próximo ao feriado do dia de finados.



Cattleya Schilleriana

 Essa é uma das minhas cattleyas preferidas. Espécie genuinamente brasileira, provém, na natureza de regiões do Sul da Bahia e sua continuidade com o estado do

 Espírito Santo, em regiões de média altitude, compostas pelo bioma Mata Atlântica. Pela retirada predatória, hoje é rara de ser encontrada em seu habitat natural.

Possuí uma morfologia floral bela, com borda floral superior e o labelo de cor rosa muito claro, às vezes tendendo ao branco, percorridos por estrias de cor lilás na porção interna do botão floral e na parte labelar superior ocasionando um lindo contraste. O labelo, em forma de coração, se projeta anteriormente e possui cerca de 4 centímetros de comprimento e cerca de 8 centímetros de largura. Possuí uma mancha amarela clara ou amarela ouro na base do labelo. 


Suas sépalas tem cerca de 5 centímetros e são um pouco maiores que as pétalas. Ambas possuem uma coloração rosácea em suas bases, que vão se transformando em marrom esverdeado em seus dois terços mais externo. Nessa região possui máculas de cor vinho, que lhes conferem um aspecto tigrado bastante chamativo.

Florescem aqui em Pendotiba no início de setembro e suas flores duram mais de duas semanas. Apreciam ambientes com muita luz indireta, preferencialmente a luz solar matinal, e muita umidade relativa do ar. Ambiente próximo a matas são perfeitos.

quarta-feira, 5 de agosto de 2020

Laelia anceps



Essa espécie de laelia chama a atenção pela beleza de suas flores e pela morfologia com distribuição das flores (em média, quatro a cinco flores), que abrem simultaneamente, presas em uma enorme haste floral às vezes de comprimento maior que um metro.

Possuem sépalas e pétalas longas e afiladas, de cerca de 8 centímetros, sendo as pétalas discretamente mais largas.
O meu exemplar possui coloração rosa tendendo ao lilás. O labelo  possui coloração lilás mais escura com estrias na base. Sua porção mais central é amarela intensa, contrastando com a borda.

É uma lélia originária do México e países vizinhos a ele na americana central, geralmente presente na costa atlântica desses países, em regiões altas e frias, acima de 500 metros de altitude.
Aqui em Pendotiba ela se adaptou bem ao tronco de um coqueiro, apesar da baixa altitude. 

Creio que as baixas temperaturas de inverno favorecem sua adaptação.
Floresce no inverno, entre o fim de julho e o início de agosto. Suas flores duram cerca de duas semanas e coincidem com a floração das cattleyas amethystoglossas.






domingo, 7 de junho de 2020

Cattleya loddigesii trilabelo

As cattleyas loddigesii são compostas de diversas variedades, com características muito semelhantes, que marcam essas orquídeas pela beleza e impacto de suas flores.
É uma orquídea bem brasileira, apesar de ocorrerem nas florestas tropicais da Argentina e do Paraguai. São nativas predominante das matas úmidas do sudeste brasileiro de altitude. Porém, são também relatadas nas matas da Bahia e de Estados do sul do Brasil.
O ambiente úmido das matas altas como a mata atlântica e matas ciliares de lagos e cursos d'água favorecem sua adaptação e seu crescimento. Suportam bem variações climáticas ao longo do ano, e e se adaptam bem mesmo em locais de baixa altitude, desde que se mantenha um ambiente de boa umidade aérea.
As variedades trilabelo, assim como as peloricas, possuem as bordas das pétalas e do labelo com coloração clara,  palha (nas loddigesii pelorica) e amarela (nas loddigesii trilabelo). Isso forma um belo contraste com a cor lilás presente nas sépalas, nas porções internas das pétalas e nas estremidades mais externas e mais internas do labelo.
Aqui em Niterói elas florescem geralmente no final do outono. Suas flores são duráveis e permanecem por mais de duas semanas. Gostam de muita claridade indireta e luz direta no início da manhã.
A minha só floresceu quando a tranferi para uma área mais aberta, com muita claridade e sol matinal.




quinta-feira, 4 de junho de 2020

Oncidium Twinkle Branco 'Fragrance Fantasy'


Essa é uma variedade de oncidium decorrente do cruzamento de duas espécies de oncidium: o oncidium ornithorhynchum e o oncidium cheirophorum.
Possui cachos com algumas dezenas de pequenas flores que medem um pouco mais de um centímetro. Podem Ser classificadas, pelo tamanho de suas flores, no grupo das micro-orquideas.

Seus labelos são delicados, com a região central de cor amarela intensassa   e bordas brancas.  Suas pétalas e sépalas podem ser igualmente brancas ou um  pouco mais escuras, tendendo ao palha, como é o caso do meu exemplar.

São epífitas e de fácil manejo, se adaptando bem em vasos com boa drenagem. Gostam de ambiente com boa luminosidade indireta, sol da manhã e com boa umidade telativa do ar.
Aqui em Niterói, elas florescem no final do outono e duram vários dias. Exalam um perfume suave após a abertura da maior parte das flores.




sexta-feira, 29 de maio de 2020

Isabelia pulchella

Confesso que tenho uma paixão especial pelas micro orquídeas. Elas representam a maravilhosa capacidade da natureza concentrar em seres tão minúsculos toda a beleza, complexidade e sofisticação. São a prova viva do dito popular: "Tamanho não é documento".

A Isabela Pulchella é um dos principais exemplos dessa incrível capacidade da  natureza em concentrar tanta beleza em um ser tão pequeno.

Essa micro-orquidea epífita é encontrada nas florestas tropicais úmidas brasileiras da faixa leste dos estados do sudeste e do sul do Brasil. Notadamente no bioma Mata Atlântica. Possuem pseudobulbos em torno de meio centímetro, de onde sai um folha longa e fina, com o comprimento cerca seis vezes maior que o pseudobulbo.
Os novos pseudobulbos se multiplicam em sucessão pelos rizomas lineares em um intervalo entre 1 e 3 centímetros, se espalhando de forma vigorosa pelo tronco que a fixa.
Pode levar alguns anos para começar a florir. Se está em um ambiente adequado, com boa umidade, boa iluminação indireta e que não tenha temperatura negativa, é certo que em algum momento vai começar a florescer.

A minha está hospedada em um tronco de manacá, um dos meus berçários de micro-orquidea, levou uns três anos para iniciar a sua primeira floração, apesar de grande multiplicação de rizomas e pseudobulbos.
Aqui em Niterói, ela floresce no final de maio e no início de junho.
Suas flores de coloração grená possuem cerca de 7 mm. com sépalas maiores que as pétalas e um labelo arredondado e bem proeminente.