sexta-feira, 29 de maio de 2020

Isabelia pulchella

Confesso que tenho uma paixão especial pelas micro orquídeas. Elas representam a maravilhosa capacidade da natureza concentrar em seres tão minúsculos toda a beleza, complexidade e sofisticação. São a prova viva do dito popular: "Tamanho não é documento".

A Isabela Pulchella é um dos principais exemplos dessa incrível capacidade da  natureza em concentrar tanta beleza em um ser tão pequeno.

Essa micro-orquidea epífita é encontrada nas florestas tropicais úmidas brasileiras da faixa leste dos estados do sudeste e do sul do Brasil. Notadamente no bioma Mata Atlântica. Possuem pseudobulbos em torno de meio centímetro, de onde sai um folha longa e fina, com o comprimento cerca seis vezes maior que o pseudobulbo.
Os novos pseudobulbos se multiplicam em sucessão pelos rizomas lineares em um intervalo entre 1 e 3 centímetros, se espalhando de forma vigorosa pelo tronco que a fixa.
Pode levar alguns anos para começar a florir. Se está em um ambiente adequado, com boa umidade, boa iluminação indireta e que não tenha temperatura negativa, é certo que em algum momento vai começar a florescer.

A minha está hospedada em um tronco de manacá, um dos meus berçários de micro-orquidea, levou uns três anos para iniciar a sua primeira floração, apesar de grande multiplicação de rizomas e pseudobulbos.
Aqui em Niterói, ela floresce no final de maio e no início de junho.
Suas flores de coloração grená possuem cerca de 7 mm. com sépalas maiores que as pétalas e um labelo arredondado e bem proeminente.

segunda-feira, 4 de maio de 2020

Miltonia Wine Leopard FCA


É um híbrido primário também derivado do cruzamento da Miltonia Moreliana com a Miltonia Clowesii. É caracterizado por possuir labelo de cor vinho ou lilás, muito semelhante à Miltonia Moreliana, de quem herdou a cor, porém seu labelo é mais estreito. A cor vinho/lilás intensa a diferencia, por exemplo, da Miltonia Bluntii, que é derivada de cruzamento semelhante, mas que possui labelo claro ou branco.
Possui no labelo, pintas de cor lilás mais escuras, espalhadas por toda a extensão labelar, que lhe confere o codinome "Leopard", pois o desenho remete às manchas presentes no pelo dos leopardos. Pela semelhança de cruzamentos, alguns colecionadores a denominam de Miltonia Bluntii wine leopard.
Da Miltonia Clowesii, ganhou os desenhos rajados característicos, que são observados na metade externa das sépalas e das pétalas.

Produzem, em média, cinco flores em cada haste floral, e, aqui em Pendotiba, florescem no final de março e suas flores duram até meados de abril.
Até onde sei, os primeiros registros oficiais desse cruzamento são provenientes do norte da Argentina.
O meu exemplar se adaptou muito bem em um tronco de mangueira, com sol do início da manhã, e muita luz indireta.