terça-feira, 17 de novembro de 2015

Dendrobium moschatum (thicuania moschata)


Significando Dendrobium almiscarados ou, Dendrobium com perfume de almíscar essa bela espécie é proveniente do leste asiático e habita regiões da cordilheira do Himalaia (norte da China, da Índia, Nepal, etc) e da Indochina (Vietnã, Laos, Camboja, Tailândia, etc). 
Também conhecida por thicuania moschata, se adaptou muitíssimo bem aqui no Brasil, nas regiões de clima tropical, principalmente em ambientes de muita luz e sol pleno.






Tenho vários exemplares aqui em uma palmeira guariroba goiana, presenteada a nós pelo nosso amigo João Rezende. 

Apesar de ser uma orquídea de chão, se adapta muitíssimo bem em xaxins e árvores, notadamente naquela que possuem ranhuras na casca. 




A guariroba, com o seu tronco naturalmente retalhado, torna-se um hospedeiro perfeito para o desenvolvimento dela.
Suas hastes florais dão origem a muitas flores, simultaneamente, e desprendem diretamente dos bulbos em suas extremidades. 





As flores são de meia vida curta, durando cerca de uma semana e surgem no fim da primavera. 
Essa espécie tem grande facilidade em emitir mudas que se desprendem igualmente dos bulbos ou das bases, e pegam com grande facilidade. 

Cattleya harrisoniana

Uma das mais delicadas orquídeas brasileiras, a Cattleya harrisoniana habita as matas que circundam o litoral fluminense, prolongando-se ao litoral paulista e capixaba, contínuo com as praias do Estado do Rio de Janeiro.



 Coabita o mesmo espaço da Cattleya forbesii, com a qual se parece em sua estrutura anatômica, no que concerne ao tamanho e ao formato, mas completamente distinta em sua cor lilás viva e impactante. 






Gosta muito dos ventos úmidos marinhos e da evaporação que sobe dos riachos, lagos, mangues e cursos d'água. 

De cultivo relativamente fácil em ambientes de boa umidade relativa do ar, floresce no fim da primavera, notadamente em novembro, e no início do verão possuindo, em cada cacho, em média, de duas a sete flores. 
Aqui em Pendotiba, na áreas que ainda restam com boa preservação de Mata Atlântica, observo sua presença espontânea nos boqueirões próximos aos riachos da Reserva Darci Ribeiro e no entorno dos velhos açudes circundados por resquícios da mata primitiva e em fruteiras. 


Para os olhares mais desavisados, é facilmente confundida com a Cattleya loddigesii, com características gerais bem próximas e de coloração muito parecida. 

Para maiores esclarecimentos sugiro uma visita ao blog "Perfil da Planta - Orquídeas, Histórias e Plantas notáveis", um dos melhores, mais criativos e mais poéticos blogs sobre orquídeas do Brasil.

Segue o link:
 http://perfildaplanta.blogspot.com.br/2014/09/as-especies-de-cattleyas-brasileiras.html 

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Cattleya labiata - A Rainha do Nordeste

Cattleya labiata - A Rainha do Nordeste
A Cattleya labiata é nativa do Nordeste brasileiro e foi considerada pelos franceses a orquídea mais bonita da Natureza. Confesso que para mim é difícil eleger uma orquídea como mais bonita, mas assistindo uma entrevista do cantor e compositor Lenine, ele dizia que esta foi a orquídea que o “atingiu como o seu vírus”. Que a partir de uma descoberta involuntária desta espécie, passou ele a ser mais um apaixonado pelas orquídeas, e hoje é um grande colecionador.
Em 1820,quando florou pela primeira vez " A beleza da planta provocou o maior burburinho na Europa. E esta espécie é uma das grandes responsáveis pela popularização das orquídeas no Velho Continente."
Pronto! Então concordo com o título de Rainha do Nordeste.



Encontrada em florestas tropicais, chuvosas e decíduas - formadas por árvores que perdem as folhas no inverno – cantiga, gerais e até no sertão dos estados Nordestinos (BA, AL,PE,CE e PB). São regiões que variam de 500 m á 1.500 m de altitude, o que demonstra a rusticidade da planta. Aqui em Vitória da Conquista, numa região de transição de Mata Atlântica com a Caatinga, florescem sempre a partir do final de outubro e início de novembro. Além das belas flores, somos premiados com seu magnífico perfume que é exalado principalmente na parte da manhã. O tal “perfume das catleias”.

Outros detalhes estão na postagem do meu irmão Roberto, então seria redundante e desnecessário posta-los aqui também.