quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

miltonia bluntii


Trata-se de um híbrido proveniente do cruzamento de duas espécies conhecidas de miltonias: a miltonia moreliana e a miltonia clowesii. O termo "miltonia bluntii" é bem amplo e engloba diversos cruzamento entre a miltonia clowesii e outras variedades de miltonia spectabilis.

Esse especie que possuo é um cruzamento entre uma m. clowesii e uma m. moreliana, adquirida no orquidário do Nem, em Varre Sai, noroeste fluminense.

Esses cruzamentos primários podem ocorrer de modo espontâneo na natureza. Essas espécies normalmente habitam florestas de mata Atlântica nos estados do sudeste brasileiro de onde são originárias.

Eventualmente, quando coincidem as florações dessas espécies em um mesmo ecossistema, pode haver a mistura genética natural, produzido esses híbridos primários de beleza única. Como orquídeas genuinamente brasileiras, essas espécies são particularmente especiais para mim.

Aqui em Pendotiba esse exemplar de miltonia bluntii floresce no início de fevereiro, no auge do verão.
Gosta de ambiente com boa umidade e muita luz indireta. Para quem vive próximo a ambientes de mata Atlântica, certamente ela se adaptará sem maiores problemas.

 Como todo híbrido, pequenas variações morfológicas ocorrem com frequência. Esse espécime possui sépalas e pétalas muito semelhante, de uma cor lilás intensa, com pequenas manchas mais escura em seu interior. Claramente uma herança do seu lado m. Clowesii. 

O labelo é mais claro, muito semelhante ao labelo da m. Moreliana em sua cor, entretanto, ao contrário da primeira, não possui o labelo muito liso. Ele é crespo ou serrilhado e de contorno irregular.  Aqui, produz cerca de duas a quatro flores por haste floral e duram por cerca de três semanas.
Atualizando o post, um outro exemplar floresceu esse ano em início de março.
Posto aqui umas novas fotografias.










sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Odontocidium Susan Keller






























Esse belo exemplar foi adquirido em uma feira de orquídeas em Petrópolis há cerca de cinco anos. Coloquei em um galho seco sob um jameloeiro com sombra, mas com muita luminosidade.

Vem florescendo todos os anos, no início de fevereiro. Sua haste floral é longa e produz mais de uma dezena de flores de longa durabilidade. Permanecem vivas por cerca de 3 semanas.






São flores de rara beleza possuindo sépalas e pétalas amarelas e escarlates, "rajadas' ou "tigradas" que conferem uma combinação de tons característica.
Em contraste, o grande labelo possui seu interior de cor vermelha intensa ou grená, com bordas brancas que penetram em pequenas incursões o vermelho característico.










Como nas tolumínias, vejo claramente uma fantasia carnavalesca de baiana. Ou uma fada com fantasia de carnaval. Nada mais proposital para o seu período de floração, que quase sempre ocorre no período carnavalesco.


As orquídeas do grupo odontocidium são formadas pelo cruzamento entre os gêneros oncidium e odontoglossoum e possuí diversas espécies.





Observação: do mesmo modo que a epicatleya Rene Marques, ela floresceu também no início de julho. Ambas estão próximas. Não sei se alguma mudança climática favoreceu o fenômeno ou se foi obra do acaso. Seguimos observando os proxipró ciclos.